domingo, 21 de dezembro de 2008

Férias!!!

As férias de final de ano finalmente começaram! Depois dessa última semana intensa de provas quase todos os dias, agora é tempo de relaxar, rever a família que chega do Brasil na semana que vem, beber e comer além da conta e continuar relaxando! O MBA deu um tempo de 3 semanas, voltando as aulas agora só em 12 de Janeiro.

O balanço final dos primeiros 3 meses é simplesmente sensacional! Os assuntos abordados em sala de aula foram muito bons, com muitas discussões entre os alunos e professores e com isso muitas novas idéias foram geradas. A turma em si, não tem nem o que dizer! O pessoal é muito gente boa, legal mesmo e bastante unido. Talvez porque a maioria de nós já vive longe da família e acaba um ajudando ao outro, por outro lado não via isso quando estudei na Unicamp, mesmo que as pessoas também vinham de lugares distantes de Campinas.

Esse bolg também tem me ajudado bastante e os comentários da galera aqui tem sido bacana pra dar algumas idéias do que abordar por aqui. Comecei a escrever o blog com o único objetivo de ir desenvolvendo minhas idéias sobre as coisas que vão acontecendo por aqui, mas vi também que muita gente tem usado o espaço aqui pra aprender alguma coisinha mais! Espero que os leitores desse blog tenham se divertido até então!

Ah, vi que os casos de estudo tem tido uma boa repercussão, portanto vou trazer pra cá outros casos que já discutimos aqui em Mannheim, além dos próximos que virão nos próximos cursos. Nos próximos dias estarei em casa, meio de bobeira, daí ponho em dia alguns posts sobre os cases interessantes que já rolaram por aqui.

No mais, desejo a todos um Feliz Natal, um Próspero 2009!!! Grande abraço!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Caso da British Airways

Alguns amigos me perguntaram sobre o caso da British Airways (BA) que mencionei no meu último post. A pergunta era como o novo CEO da BA, apesar de ter os melhores planos conseguiu levar uma empresa considerada uma das melhores do mundo no seu setor e com lucros recordes nos últimos anos a ser reconhecida como uma das piores e com reportando prejuízos, isso tudo em apenas 5 anos? Bem, esse caso é um exemplo claro como uma liderança fora de contexto pode fazer mal a uma empresa. Nesse caso, a liderança de Bob Ayling, o CEO em questão, não era a mais adequada para o momento que a BA estava vivendo.

Ayling fez carreira na BA de forma surpreendente e era reconhecido como excelente negociador e tinha uma excelente imagem com o mercado financeiro e com o meio político, uma vez que a BA tinha sido uma empresa estatal até alguns anos atrás dele ser nomeado CEO e, portanto, era uma empresa sempre vista como patrimônio dos britânicos. Aliado a isso, ele tinha conseguido obter importantes resultados para a BA enquanto diretor da empresa, o que fez dele um natural candidato a CEO. Nesse tempo, a BA tornou-se extremamente lucrativa após a privatização e com seu foco na satisfação do consumidor também se tornou a empresa aérea mais admirada do mundo. Obviamente não era só um mar de flores. A empresa também tinha passado por uma grande reestruturação reduzindo em cerca de 40% o número de funcionários.

Quando Ayling assumiu o cargo de CEO, ele adotou uma postura de redução de custos ao extremo. Na visão dele, reduzir custos tornaria a BA mais competitiva e imune a fatores externos no futuro. Ou seja, o famoso trabalho da formiguinha que trabalha no verão pra poder sobreviver ao inverno. Porém, a forma como ele comunicou e liderou essa campanha de redução de custos foi desastrosa. Antes de tudo, os funcionários já haviam passado por uma grande reestruturação a poucos anos e uma nova reestruturação, quando a empresa está indo bem, não parecia a melhor das alternativas. Com isso, os funcionários entraram em greve. Ao invés de negociar e comunicar de forma mais clara a intenção das demissões, Ayling ameaçou quem continuasse em greve através de corte de benefícios e exclusão da lista de funcionários a serem promovidos. Nesse momento, Ayling perdeu praticamente todo seu carisma com os funcionários.

Isso não é tudo. Ayling também não conseguiu manter o que era um dos ativos mais importantes da BA: a satisfação do consumidor. Na sua busca constante por redução de custos, Ayling se esqueceu de entregar o que o consumidor buscava. Exceto a reestruturação da classe executiva e da 1ª classe, a BA pouco fez pelos seus clientes da classe econômica. Apesar disso, Ayling conseguia elaborar um ótimo plano para recuperar o prestígio dos seus consumidores, mas ele esquecia que quem entrega de fato um excelente serviço são os funcionários do aeroporto e de cabine, justamente os que mais sofreram com a administração de Ayling.

No final de 5 anos, a BA decidiu demitir Ayling do posto de CEO, tendo reassumido temporariamente o ex-CEO e Chairman Sir Colin Marshall. A primeira coisa ele fez foi manter a estratégia definida por Ayling, porém, com um estilo de liderança bem diferente, conseguiu novamente tornar a BA lucrativa e admirada pelos clientes.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

"Case Studies"

Sempre ouvi dizer que uma das coisas mais interessantes de se fazer um MBA é ter a oportunidade de estudar detalhadamente casos de sucesso e também de fracasso dos mais diversos setores, sejam eles industriais ou serviços. Após quase 3 meses de curso, já posso dizer com certeza de que isso é a mais pura verdade. Até agora, já tive a oportunidade de estudar casos que vão desde empresas como a British Airways, uma das maiores empresas aéreas do mundo, até empresas como Medicult (medi quem?) que detém a tecnologia de fertilização in vitro.

Esses “cases” variam bastante não só pela empresa que está sendo estudada, mas também pelo escopo de estudos. No caso da British Airways, estudamos como um novo CEO levou em 5 anos uma empresa que era reconhecida como a melhor empresa aérea do mundo e com a uma rentabilidade e lucro invejáveis comparada aos seus competidores a se tornar uma das piores empresas do setor. Isso tudo ocorreu com o CEO tendo umas das melhores estratégias para manter a empresa no patamar que estava, tanto que ele foi demitido e o novo CEO manteve todas as estratégias montadas pelo antecessor. A pergunta é: o que fez, então, com que a empresa fosse tão mal nesse período? Já no caso da Medicult, o “case” buscava entender como uma empresa que investe em inovação e no desenvolvimento de novas tecnologias pode maximizar seu lucro utilizando uma estratégia de preço global, local, ou um mix dos dois.

Além deles já vimos de tudo um pouco: bancos de investimentos, indústria química, empresa de software, consultoria internacional, construtora, e muito mais. Nas próximas 2 semanas (mais longas do que nunca, heheheheh) ainda estudaremos sobre a Boeing e o desenvolvimento do 777 e a Starbucks. No final das contas, a empresa em si pouco importa, mas o aprendizado, esse sim, tem sido sensacional!