terça-feira, 30 de setembro de 2008

Financial Accounting - A saga está apenas começando...

Antes de mais nada, queria me desculpar por não ter postado nada, mas os últimos dias foram bem difíceis. Primeiro porque passei o final de semana na "prega" por conta de uma gripe que peguei. Nada de mais, mas já é um sinal claro que essa alma baiana que vos escreve vai sofrer no frio alemão que está apenas começando. Segundo porque precisei priorizar a montagem do meu currículo, uma vez que preciso seguir as exigências daqui (nunca imaginei que conseguiria colocar tudo em 1 página!!!) e por fim porque começou a tão temida matéria chamada Financial Accounting e eu deveria ler 4 capítulos do livro antes da aula.

Pra quem está viajando sem saber do que se trata, isso nada mais é do que a contabilidade porém vista pela IFRS (International Financial Report Standard) que em breve será regra de apresentação dos relatórios anuais financeiros das empresas no mundo inteiro, criando uma uniformidade no formato e considerações dos relatórios financeiros em todos os países que estiver em vigor.

O assunto ganha ainda mais importância a partir do caso Enron (ver mais em: http://en.wikipedia.org/wiki/Enron_scandal). Pra quem não lembra ou não sabe o que aconteceu, vou tentar ser breve: um bando de executivos, juntamente com a empresa de auditoria contratada para auditar os resultados financeiros, esconderam do público os maus resultados financeiros da empresa e quando a bomba estava prestes a explodir, eles decidiram vender as ações que possuiam antes de anunciar publicamente o rombo que se meteram. No final das contas, depois de muitso julgamentos, o resultado foi: o ex-CEO foi preso, condenado a 24 anos de cadeia, mais a obrigação de devolver 26 milhões de dólares ao fundo de pensão dos funcionários (os outros executivos envolvidos na tramóia tiveram penas mais brandas, mas todos estão pagando de alguma forma).

Com isso, o assunto apesar de chato e complexo merece atenção mais que redobrada pois o resultado final pode ser passar os dias vendo o sol nascer quadrado, huahauhauhau!

domingo, 28 de setembro de 2008

Análise de Tomada de Decisão - Parte Final

Acabou na última sexta-feira a primeira matéria "de verdade" do MBA. Na minha opinião, o curso foi sensacional! Pude em 1 semana melhorar sensivelmente minha capacidade de analisar um problema quando é colocado uma série de incertezas e riscos para a solução do mesmo. Com certeza, essa matéria ajudará bastante as outras que virão.

Ah, ainda falta terminar a avaliação individual para essa matéria. Como mencionei anteriormente, deverei criar e resolver um problema real ou imaginário. Resolvi partir pra cima de um problema real. O problema que escolhi é um que meu pai se deparou a 1 ano atrás sobre a decisão de realizar uma determinada parada de manutenção na fábrica que trabalhava. O problema deverá levar em consideração os diversos tipos de paradas que poderiam ser realizadas num período de 5 anos, bem como custos de cada uma e as incertezas inerentes aos diferentes cenários como a disponibilidade de mão-de-obra, importação de matéria-prima, atendimento aos clientes e muito mais. Nas próximas 4 semanas, esse trabalho será minha principal preocupação até terminá-lo.

Pra quem tem interesse em conhecer mais sobre esse assunto abordado nessa matéria, o livro usado foi o "Decision Analysis for Management Judgment - 3rd ed - Goodwin, P.; Wright, G. - Editora Wiley". O livro é um pouco caro, mas tá disponível no Gigapedia...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Análise de Tomada de Decisão – Parte 4

Uma parte importante da análise de tomada de decisão é o planejamento de cenários. A importância se dá pela necessidade de que seu modelo de decisão possa ser ajustado para as diversas situações que possam vir pela frente.

Essa parte também é uma das mais traiçoeiras, pois pessoas experientes tendem a acertar com freqüência cenários que introduzam pequenas variações na forma de tocar o negócio, mas também tendem a errar feio quando não é levado em consideração cenários de ruptura extrema ao modelo de negócio na qual a análise está sendo feita. Um artigo que li dizia: “quanto mais experiente uma pessoa for: 1) melhor ela será em defender seus pontos de vista; 2) mais freqüentemente ela será traída pelos pensamentos da sua própria experiência”.

Existem diversos exemplos de palpites, no mínimo, bizarros, hehehehe. Aí vão algumas das que achei mais “legais”:
- “Máquinas voadoras mais pesadas que o ar são impossíveis!” (Lord Kelvin, Matemático e Físico, 1895)
- “Tudo que pode ser inventado já foi inventado.” (Charles H. Duell, Comissário do Escritório de Patentes dos EUA, 1899)
- “Muito interessante, Whittle, meu garoto, mas isso nunca irá funcionar.” (Prof. De Engenharia Aeronáutica, Cambridge para Sir Frank Whittle, inventor da turbina de avião, 1930)
E a melhor: “Eu acho que o mercado mundial é de aproximadamente 5 computadores” (Thomas Watson, Chairman, IBM, 1943)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Análise de Tomada de Decisão – Parte 3

Recebemos hoje do professor o escopo do trabalho que devemos entregar como nossa avaliação. O problema é bem amplo e se possível gostaria que alguém desse uma idéia. Bem, o trabalho é o seguinte: meu diretor não gostou muito da análise de decisão que eu fiz e pediu que eu voltasse com mais informações, análises mais aprofundadas para daí a decisão ser tomada. O trabalho pede que nós tenhamos uma análise bem crítica e sensitiva quanto à complexidade do projeto.

O único problema (eu acho que você já deve estar se perguntando) é o seguinte: o projeto a ser resolvido não foi dado! É nosso problema também a proposta de um caso que seja complexo o suficiente para uma análise legal. Não precisa ser nenhum bicho de 7 cabeças, mas é importante que o problema possa criar várias decisões distintas uma das outras. Eu já tenho algumas coisas na cabeça que vou discutir melhor amanhã com o professor sobre o escopo das minhas idéias. Mas manda suas idéias pra mim também! Acho que tem muita coisa solta por aí que não tenho a mínima idéia de como começar, mas que seria um excelente desafio!

Análise de Tomada de Decisão – Parte 2

Chegamos à metade da semana, assim como chegamos à metade do curso de análise de decisões. Ao longo da semana, estudamos diversos casos interessantes. O caso mais desafiador foi um que pedia a análise da decisão pelo desenvolvimento ou não de um novo produto. Como variáveis para a análise tínhamos incertezas nas perspectivas de vendas, incertezas quanto ao local de fabricação do novo produto, além de também não termos idéia se os testes de desenvolvimento iam dar certo e se precisaríamos postergar em 1 ano o início da produção.

A técnica mencionada anteriormente (SMART) não funciona para a análise que precisamos fazer nesse caso precisamos usar o conceito de Árvore de Decisão. Não vou entrar na questão de como usar essa ferramenta, pois ela em si, é bastante simples. A questão está nos números que você está utilizando pra representar o seu modelo de decisão, assim como a análise posterior que deverá ser feita pra melhor entender o processo decisório.

As incertezas sobre a ocorrência ou não de determinados eventos é representada pela probabilidade dela ocorrer na(s) situação(ões) que você esteja analisando. A grande questão nesse caso é determinar um número que represente da melhor forma possível a probabilidade de determinado evento ocorrer. O que na maioria das vezes se percebe, assim como podemos exercitar hoje das mais diversas formas, é que nós tendemos julgar mal, mas muito mal mesmo, a probabilidade de algo estar certo ou não. Geralmente somos confiantes demais sobre aquilo que supomos ter conhecimento e experiência. Isso leva a usar números ou muito otimistas ou muito pessimistas o que no final leva a uma decisão não tão boa.

Por outro lado, o curso não quer formar pessoas que sejam verdadeiras Mãe Dinah’s na arte de prever a ocorrência de um evento, mas sim que sejamos bons em analisar um problema, entender quanto nossa decisão é sensível às diferentes variáveis do problema, tornando nossa intuição sobre o problema mais embasada em fatos. No final das contas, a intuição é quem manda, mas ela estará muito mais refinada e robusta.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Análise de Tomada de Decisão – Parte 1

Hoje começou a primeira matéria de fato. Como o título desse post já entrega, trata-se de um curso pra desenvolvermos a capacidade de análise para tomadas de decisão. Isso não quer dizer que tornaremos a partir de agora qualquer tomada de decisão em algo fácil, muito menos que ela será sempre precisa e acertada. O segredo aqui será aprender o que faz o processo de tomada de decisão algo tão importante e principalmente como entender os atributos, incertezas e riscos que fazem cada evento desse tipo em algo único.

Depois de alguns conceitos básicos, já fomos jogados na fogueira. Foram formados vários grupos com o objetivo de definirmos o melhor laptop entre cerca de 100 modelos e marcas diferentes para um dos integrantes do grupo. A técnica utilizada é conhecida como SMART (Simple, Multi, Attribute, Rating, Technique), sendo o processo dividido em 8 etapas: 1) identificar quem decide e qual a intuição dele sobre o assunto (no nosso caso, uma canadense foi designada pelo professor como a quem mandava na parada); 2) identificar alternativas para a decisão intuída; 3) identificar quais atributos são relevantes para a solução do problema; 4) designar valores que meçam a performance de cada alternativa em cada atributo; 5) determinar um peso para cada atributo; 6) tomar um média ponderada dos valores de cada alternativa; 7) tomar uma decisão provisória; 8) realizar um análise sensitiva e entender como cada atributo afeta o resultado final.

Parece fácil, mas não é. Na prática, levamos das 4hs da tarde até as 8hs da noite pra realizar o processo completo. Além do trabalho de análise que é não é pequeno, esse modelo de análise não leva em consideração incertezas, riscos e outros detalhes que uma análise mais complexa terá que levar em consideração. Por outro lado, a técnica pode ser facilmente aplicada para escolhas mais previsíveis, mas não tão simples como comprar um carro ou uma casa nova, por exemplo.

Estudo de Caso – Parte Final

Então, qual a melhor forma de se resolver o problema dos vestidos de casamento vestidos na Inglaterra? Bem, mais importante do que o número em si, se está certo ou não, o que importa é o raciocínio por trás da resposta.

O instrutor veio com essa pergunta e logo houveram pessoas levantando a mão e dando seu palpite. Uns disseram que pegariam a população da Inglaterra, dividiria por 2, gerando o número de mulheres, daí jogava o número de casamentos previstos, e, depois de uma série de julgamentos, chegava-se ao número de vestido de casamento vendidos.

Tiveram algumas variações em torno dessa mesma linha de raciocínio, mas ninguém fez a pergunta básica: quem disse que a pergunta se limitava a apenas aos vestidos de noiva? Vestido de madrinha e de dama de honra não são também vestidos de casamento? E quem falou que foram vestidos vendidos em lojas apenas? Não poderiam se considerar também os vestidos vendidos no atacado? E os vestidos usados?

O que esse exercício queria despertar na turma é justamente a capacidade de analisar o problema sob todos os pontos de vistas que o problema lhe permite ser analisado, evitando o que normalmente acontece: presumimos certas coisas quando deparados com determinado problema, sem saber que aquilo limitará absurdamente nossa capacidade de análise.

Ah, e o número de vestidos de casamento vendidos na Inglaterra em 1 ano? Sei não...

sábado, 20 de setembro de 2008

Estudo de Caso – Parte 1

Hoje foi a vez de termos um workshop de estudo de casos. Atualmente, os principais MBAs do mundo têm baseado seus métodos de ensino em estudos de caso. Por outro lado, existe também muita crítica sobre esse tipo de metodologia de ensino. Eu ainda não tenho uma opinião sobre isso, mas como o curso também tem esse formato, daqui a alguns meses eu poderei dar minha opinião aqui.

O que tive por enquanto foi apenas um workshop, mas que me impressionou bastante, pois conseguimos aplicar algumas técnicas para resolução desse tipo de problema em 2 casos distintos.

Pra ficar legal, gostaria de propor o seguinte problema pra ser resolvido agora: quantos vestidos de casamento são vendidos na Inglaterra por ano? Qual seria sua linha pensamento pra resolver esse problema na hora, sem acesso a nada?

Simulation

A atividade de ontem foi uma simulação no computador de uma escala do Monte Everest. Era uma atividade em grupo, onde havia um líder da expedição, um médico (eu), um ambientalista, um maratonista e um fotógrafo. Cada personagem possuía suas metas individuais, cada uma com uma pontuação diferente, além de alguns pontos de bônus que iam sendo revelados ao longo da atividade.

O que percebemos era que cada um possuía metas que conflitavam um com os outros. Além disso, cada um, por ter especialidades distintas, recebia informações complementares para o sucesso da escalada. Com isso, um grupo sem muita interação, fatalmente seria resgatado ao longo da escalada por ter errado sua estratégia por falta de informação. Como a simulação permitia que cada um tomasse uma decisão isolada do restante do grupo, havia a possibilidade de uma pessoa tomasse uma decisão puramente baseada nos seus objetivos individuais.

No final, a atividade se mostrou muito legal! Pudemos aplicar com bastante intensidade a comunicação entre os integrantes da equipe, o uso correto das diversas habilidades presentes no grupo, assim como a de tomada de decisão com informações nem sempre precisas e com tempo limitado. Ah, já ia esquecendo: acabei sendo resgatado na última etapa junto com o ambientalista. Com isso minha equipe atingiu um total de 61% dos pontos possíveis (máx. pontuação obtida por outra equipe: 85%, mín.: 37%).

Team Building – Parte Final

Saiu o resultado final da atividade de Team Building que fizemos durante 2 dias. Fui colocado numa equipe lado-a-lado com um indiano e uma alemã. Ele, engenheiro mecânico, 3 anos mais novo do que eu, ela, economista, 2 anos mais velha. Ele escolheu ficar aqui na Alemanha o curso inteiro, assim como eu. Já ela, não faço a mínima idéia de quem seja, pois ela escolheu passar 6 meses em outras escolas parceiras aqui na Europa em intercâmbio. No final, todas as equipes realmente ficaram muito heterogêneas.

A maioria das equipes têm 4 pessoas, mas 3 equipes, incluindo a minha, têm apenas 3. Será que ter menos pessoas é uma vantagem? Já passei por muitas situações onde se houvesse mais de 3 pessoas fazendo aquilo, o projeto iria pro brejo, mas também já houve diversas oportunidades onde ter o maior número de pessoas, realmente fazia a diferença.

O desafio agora é juntar os interesses de cada um para definição do projeto social e do projeto de conclusão do curso. Com tanta diversidade reunida, creio que teremos muitos projetos legais.

PS- E aí, descobriram qual a pegadinha do problema das palavras? Bem, o enunciado do problema não pedia que a palavra fosse em inglês, muito menos que fizesse sentido e menos ainda que estivesse em linha reta, nem mesmo que estivessem separadas. Portanto, se você pegasse as 100 peças e as colocasse como um grande quadrado 10x10, poderiam ser formadas as 416 palavras. Agora pensem em como chegar nas 30.000 palavras (palavra do instrutor que já conseguiram no passado).

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Team Building - Parte 2

As atividades de hoje foram muito legais! Nunca havia feito antes um trabalho de montagem de equipes tão eficiente. Através de pequenas sessões ao longo do dia, conseguimos finalizá-lo com uma das atividades mais interessantes que eu já vi quando se tenta demonstrar a importância de pensar “fora da caixa”.


Ao longo do dia inteiro fomos bombardeados por apresentações e pequenas dinâmicas que pediam para interagirmos um com o outro. Não foi fácil fazer isso, pois éramos um grupo de 8 pessoas, sendo eu, uma chinesa, uma russa, dois indianos (mas de partes diferentes da Índia), um canadense, um alemão-indiano e um alemão-puro-sangue.


Por fim, a atividade que mencionei acima. A atividade era descrita exatamente da seguinte forma: “Place in the table as many as possible four letter words using the given puzzle.” O tal quebra-cabeça era aqueles joguinhos de formar palavras num tabuleiro, sendo cada peça uma letra. Cada grupo tinha 100 peças. Quem fizesse mais palavras em 1 minuto, ganhava!


Após a primeira rodada, um grupo conseguiu formar 17 palavras e meu grupo, último, apenas 9. Foi feito uma nova rodada, agora com 3 minutos de organização e objetivo de melhorar a performance anterior em 50%. Pensamos que ia ser fácil, de fato foi, e conseguimos duplicar! Fizemos 18, mas um outro grupo fez 24! Mais uma rodada e a meta era superar em 100% a performance anterior! Nessa hora o pessoal começou a se aterrorizar, mas ainda era algo possível de ser feito. Conseguimos só 19 palavras, enquanto outro grupo conseguiu 25.


Quando achávamos que já havia acabado, veio o grande desafio: melhorar a performance anterior em 1000%!!! Isso mesmo, MIL %!!! Nessa hora todo mundo começou a se perguntar o que fazer para superar isso, ainda mais com os instrutores dizendo que era algo possível de ser feito! Uma vez alguém disse (eu acho que foi o Henry Ford) que o homem não sabendo que era impossível, foi lá e fez. Essa frase se aplica perfeitamente nessa situação, pois nesse momento começamos a pensar em como superar aquele desafio e sabíamos que se continuássemos pensando da mesma forma, obteríamos o mesmo resultado. Resultado: meu grupo formou 120 palavras, um outro grupo formou 121 palavras, o grupo que continuou pensando igual conseguiu 30, e por fim teve o grupo campeão que formou 416 palavras.


A pergunta que deixo é: como alguém pode formar 416 palavras com 100 peças?

Trem para Mannheim

Pegar o trem todos os dias de Freiburg para Mannheim não será fácil. Já no segundo dia de curso bateu aquela “prega” pra acordar às 5:30, além do mais quando o inverno, mesmo longe, já começa a dar as caras. Hoje bateu 7 graus, com um vento de cortar a alma! Tá certo que na época da Ford acordava tão cedo quanto agora e que também passei os últimos meses sem a necessidade de acordar tão cedo, mas se Salvador fizesse metade do frio que peguei hoje de manhã, a Bahia entraria em estado de calamidade pública! Imagino que a volta será mais fácil, mas ontem, primeiro dia, já foi &^#%^#!!!! Chegar em casa à 1:00 da manhã é mole não, hehehehehhe!

No mais, creio que poderei estudar um pouco mais no trem, já que terei obrigatoriamente 3hs do meu dia dentro desse troço. Porém, é bem possível eu passar a viagem dormindo, relembrando os bons tempos da Ford, quando fazia o maravilhoso trajeto Salvador-Camaçari num buzu “joinha”!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Team Building - Parte 1

Hoje foi o tão esperado dia e finalmente tive a chance de conhecer a todos. É impressionante como a 1ª impressão pode te enganar totalmente! Algumas pessoas que imaginei na sexta-feira serem, sei lá, mais chatos, se mostraram pessoas gente boníssimas! 1ª lição aprendida no MBA (na verdade, já tinha aprendido isso a muito tempo...)

É claro que ao longo do ano conhecerei mais ainda, possivelmente algumas máscaras cairão (parece discurso do Big Brother, heheheheh) e provavelmente presenciarei algumas discussões bem legais.

Nos próximos 2 dias será realizado uma atividade chamada Team Building. No primeiro momento que vi essa atividade no currículo, já imaginei ser mais um dos diversos cursos que fiz ao longo dos anos sobre como se trabalhar em equipe. A diferença que vi hoje ao ser apresentada a agenda da semana foi que, de fato, teremos que trabalhar em equipe ao longo do curso.

Quando alguém é solicitado a montar um grupo, a tendência é você se juntar com quem você se identifica ou já tem alguma ligação. No caso dessa atividade dos próximos dias, seremos desafiados ao máximo a como conseguiremos trabalhar em conjunto, porém com o grupo escolhido pela diretoria da escola, tentando maximizar as diferenças entre as pessoas. No final disso, espera-se ter a formação de grupos de 4 ou 5 pessoas que ficarão juntas pro resto do ano, faça chuva, faça sol, para todos os projetos e trabalhos do curso.

Se por um lado isso parece ser esquisito por ser uma imposição da escola, por outro lado isso vai retratar bem o que se encontra no mundo real: pessoas bem diferentes uma das outras trabalhando juntas, com um objetivo comum, passando por cima dos conflitos e diferenças culturais entre elas. Nesse caso, não haverá escolha e provavelmente aquela pessoas que não tive uma empatia no primeiro dia, esteja lá no meu grupo. A única alternativa será trabalhar o melhor possível e aprender o que puder dessa galera. Vamos ver o balaio de gato que vai virar isso!

Primeira Semana

No momento que escrevi este post, estava no trem indo pra Mannheim para o primeiro dia do MBA. Essa primeira semana não haverá aulas propriamente ditas, apenas a abertura oficial do curso, alguns eventos e atividades de integração entre os alunos. Entre as atividades relacionadas pra hoje estão a abertura do curso, um almoço especial e um jantar com a cúpula da BASF, maior empresa química do mundo que possui sua sede em Ludwigshafen, cidade vizinha de Mannheim. Ao longo da semana haverão as atividades de integração do povo. Acredito que vai ser o mais legal da semana, pois finalmente vamos poder ver um pouco como é cada um.


Na última sexta-feira foi a formatura da turma do ano passado e fomos convidados para a festa. Foram cerca de 15 pessoas da minha turma. Algumas delas houve uma empatia logo de cara, outras ainda vai precisar de alguns dias, mas no geral parecem gente boa. Vamos ver o que se tornarão quando o bicho pegar!


A semana acaba com a Schlossfest, uma festa de toda a Universidade de Mannheim, mega-tradicional, que rola de tudo, de Jazz a música clássica e também música eletrônica. Já no domingo, vou visitar a Automechanika, maior feira do mundo de autopeças que está rolando em Frankfurt.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Acesso #100!

Fiquei feliz em ver que o blog, em menos de 1 semana, conseguiu atingir a marca de 100 acessos! A primeira vista não parece muito, mas para quem não tinha pretensão alguma, vejo essa marca com ótimos olhos, pois é sinal que o objetivo principal foi atingido e muita gente tem se interessado em pelo menos dar uma passadinha aqui, dar uma lida em alguma coisa, bisbilhotar (hehehehe) e tal.

Continuem nos visitando pois agora é que o bicho vai começar a pegar, heheheh!

Abraços!

Agenda da Semana

Apesar das aulas começarem apenas na próxima segunda-feira, a agenda dessa semana será cheia de eventos!

Primeiramente, amanhã é meu aniversário! Como não poderia ser diferente, vamos celebrar com algumas cervas alemãs! Depois disso, viajarei com minha esposa e minha sogra pra Colônia, aproveitando a última semana de folga, mas será 1 dia só de viagem.

Na sexta-feira, as coisas já começam a tomar jeito. Nesse dia será realizada a formatura da última turma de MBA da Mannheim Business School. Os novos alunos foram convidados para cerimônia e vão poder conhecer o pessoal que está se formando e também vislumbrar o que deverá acontecer com a gente em 1 ano.

No meio disso tudo ainda haverá minha mudança de apartamento, visita a um amigo em Frankfurt e outras coisas mais. Para quem já estava reclamando de não fazer nada, vai ser um bom aquecimento para o que vem a partir da próxima semana.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

TOEFL e GMAT

Pra aqueles que se interessaram pelo tópico do TOEFL e do GMAT, aí vai algumas dicas:

TOEFL:
- Se vc já tem um inglês fluente, estudar por livros é o melhor negócio. Sai barato (cerca de 20 dólares um livro bom na Amazon.com) e foca seus estudos no que mais vai importar nesse momento: a estrutura e pegadinhas da prova. No caso do seu nível de inglês não ser isso tudo, aulas específicas pro teste serão importantes.
- O livro que comprei foi o Kaplan TOEFL iBT with CD-ROM. Excelente, possui simulados e todas dicas necessárias pra se dar bem. Com ele, melhorei em mais de 20 pontos desde o primeiro simulado.
- O site da ETS, empresa que prepara o TOEFL, vende alguns simulados com corretores humanos pra seção de Speaking e Writing. Indicaria fazer um no início da preparação e outro no final.

GMAT:
- Como a prova é em inglês, ter um bom inglês será fundamental, até porque a parte verbal utiliza um vocabulário bem avançado.
- A melhor preparação é, sem dúvida, através de livros. Aulas específicas pra esse tipo de prova são caríssimas e cada livro também custa na faixa de 20 a 30 dólares na Amazon.com.
- O GMAT é uma prova que vai testar sua análise crítica, tanto verbal quanto matemática, portanto é uma prova com uma pegadinha em cada item. Assim, os melhores livros são aqueles que te preparam pras pegadinhas, pois a parte de matemática, por exemplo, aborda apenas conceitos básicos do ensino médio.
- Como é uma prova longa em um tempo curto (78 questões pra 2hs e meia), quanto mais questões forem feitas durante sua preparação, melhor.
- Os livros que comprei, e recomendo pois tb melhorei cerca de 200 pontos desde o primeiro simulado, foram:
> Kaplan GMAT Premier Review 2008-2009 Edition (6 simulados, acesso a página especial na internet com guia de estudos e as manhas de resolução de problemas)
> Kaplan GMAT 800 2008-2009 Edition (só as questões mais difíceis e técnicas mais aprofundadas de resolução de problemas)
> GMAT Review - The Official Guide 11th Edition (+ de 800 exercícios em ordem crescente de dificuldade, além de alguns simulados)

Se alguém tiver mais alguma dica de estudos, manda pra gente aí!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Informações sobre o Processo Seletivo

Me perguntaram também como foi o processo até ser admitido no curso. Posso dizer que foi um misto de sorte e o famoso "meter as caras".

Antes mesmo de querer fazer o MBA, eu tinha uma empresa de software em sociedade com 2 amigos, então a idéia do MBA era ser algo que pudesse me ajudar a desenvolver melhor a empresa e também aproveitar a estadia na Alemanha pra levar algo além da vivência aqui.

Quando descobri a Mannheim Business School, de cara vi que era o curso ideal pras minhas pretensões, porém ao analisar os critérios do processo seletivo e o custo do curso (29.000 euros), confesso que deu um frio na barriga!

A sorte ajudou pois Mannheim era a cidade onde Janaisa, minha esposa, estava fazendo o curso de alemão dela, e com isso, pedi que ela conversasse com a responsável pelo processo seletivo da escola. Não imaginava resposta mais positiva após eu ter enviado minha carta de motivação e currículo pra análise, inclusive com a possibilidade de uma bolsa de estudos, pois vinha de um país emergente (bora Brasil!).

A partir daí fui metendo as caras até que, após entrevistas e tudo mais, fui aceito! Mas ainda não tinha feito nem o TOEFL, nem o GMAT. Ou seja, fui aprovado mas naquelas: "faça agora sua parte que aqui tá garantido!" Putz, e aí? E o custo do curso? E a bolsa? Além dessas questões, já tinha sido aprovado em outro MBA que não exigia nem TOEFL nem GMAT, mas que também não tinha o prestígio de Mannheim.

Após quebrar a cabeça durante vários dias, decidi continuar metendo as caras e partir pra cima do TOEFL e do GMAT. No final das contas, fiz 104 pontos de 120 no TOEFL (eram necessários 105, mas aí entrou no arredondamento...) e 690 no GMAT (eram necessários 600 pra aprovação no curso e 660 pra bolsa, que na verdade era um desconto de 5.000 euros no valor total do curso). O resto da grana tá sendo bancado pelo Deutsche Bank com taxas de juros baixíssimas (5% ao ano) com carência de 1 ano pro início do pagamento após a conclusão do curso, além do prazo de 6 anos pra quitação.

Um pouco mais de diversidade...

Um amigo meu me perguntou aqui como que era o nível intelectual e de formação da galera visto que tem gente de várias nacionalidades e formações.

Apesar de que só vou ter contato direto com o pessoal em 2 semanas no início do curso, já dá pra se ter algumas impressões através do perfil dos alunos que a escola enviou pra todos.

A formação da galera é bem variada, como postei anteriormente. Alguns chegam até a já ter mestrado em alguma área técnica ou até mesmo um outro MBA que foi realizado nos respectivos países de origem. Quanto a experiência profissional, deu pra perceber que a maioria tem de 3 a 5 anos de experiência no mercado, alguns já são gerentes de alguma coisa, outros ainda analistas ou engenheiros, ou mesmos possuem sua própria empresa (ou possuíam, como no meu caso).

Já o nível intelectual é difícil de avaliar, por enquanto, mas acredito serem pessoas bem capacitadas, que conseguiram passar por um processo seletivo bem criterioso, com entrevistas, análise de currículo, GMAT, TOEFL... Portanto, acho que não deve ter nenhum zé-mané, mas até aí, a gente não sabe como será a consistência de cada um durante 1 ano sendo exigido ao máximo.